Primeiro, explicarei a essência do Tokusatsu. KR Fourze é a série de comemoração ao 40º aniversário daq franquia Kamen Rider, criada pelo lendário Shotaro Ishinomori, que Deus o tenha. Seu nome, Fourze, vem da junção de dois números em inglês, o 4 (four) e o 0 (zero), e o tema é o espaço. Já tivemos alguns riders que foram para o espaço, mas nenhum com toda a trama baseada nisto.
A série está prometendo ter um enredo muito bom, com inimigos misteriosos que dão poder as pessoas com desejos de vingança, os três protagonistas também são muito bons e os personagens secundários também tem uma boa profundidade, cada qual com suas próprias ambições e razões dentro do seriado. Apesar do look ser um pouco estranho e lembrar o Homem-Míssil do Jiraiya, você acaba se acostumando, pois o personagem principal, Gentaro Kisaragi, dá um show de interpretação.
Porém, nem tudo são flores...
Quem já assistiu a outras séries de Kamen Rider, como Black, Kabuto, Kiva, Faizu, entre outras, logo vai entender do que estou falando. Nestas séries, sempre permanecia o tom de mistério, com personagens marcantes e passados cheios de nós. Black e Faizu são duas séries que surpreendem por manterem um ar tão dramático a série toda. Blade estava sendo mediano, mas confesso que foi um dos melhores finais que já vi. Kiva nos apresenta a um dos personagens mais cativantes de todos. E não estou falando de Kurenay Wataru, que interpreta o Kamen Rider Kiva, e sim de Kurenay Otoya, seu pai, que nos é contada paralelamente a história de 22 anos antes. Minha maior esperança é que desta vez eles não cometam o mesmo erro que cometeram com Decade, uma série com um grande leque de oportunidades mas que acabaram por desmanchá-las, ao alterarem as histórias dos Kamen Riders, criando universos alternativos.
Em Fourze, somos apresentados a Kengo Utahoshi, adolescente que teve o pai assassinado quando este tentava aprender a utilizar os módulos astrais. Bastante corajoso e determinado, porém têm uma saúde frágil, o que o impossibilita de utilizar o cinto de Fourze. Logo no início também aparece Gentaro Kisaragi, aluno que foi transferido para a escola de Kengo, e seu sonho é se tornar amigo de todos na escola. E por último, mas não menos importante, temos Yuuki Jojima, melhor, e talvez única, amiga de Kengo e amiga de infância de Gentaro. Juntos, eles fundam o Kamen Rider Club.
Mas, afinal, o que eu achei de ruim na série? Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes. Ou melhor, por tópicos:
- Que saudades de Kamen Rider Black, quando nosso herói lutavam sozinhos e anonimamente contra o mal. Em Fourze, nosso herói se transforma em qualquer lugar em qualquer hora, na frente de qualquer pessoa. E ainda tem Kengo, que bola os planos de luta para ele. Tetsuo Kurata deve se morder de raiva.
- Cada vez temos protagonistas mais novos. Daqui a pouco, Kamen Rider vai ser protagonizado por crianças entre 8 e 12 anos. Desta vez são adolescentes do Ensino Médio, o que dá ao seriado um ar de Malhação. Ecaaaa....
- Eles têm um esconderijo secreto, dentro da escola. Em uma sala abandonada (não sabemos o porque do abandono), tem um grande armário que os conduz diretamente para sua base secreta...NA LUA!
Mas, apesar de alguns pontos negativos, a série promete ser muito boa, e recomendo que acompanhem, pois, afinal, é em comemoração aos 40 anos de Kamen Rider, então isto promete muita coisa boa ainda por vir.
Abraços a todos.