Por do Sol no Guaíba

Por do Sol no Guaíba

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Apenas o Prólogo de uma história que estou criando. Espero que curtam.

Prólogo

           
            Eu não sei como esse inferno começou. Quando fiz parte da tropa do exército brasileiro enviado para ajudar os E.U.A a tentar pacificar um certo País, achei que já tinha visto de tudo.
            Eu via homens sendo assassinados a sangue frio no meio da rua, quando apenas saíam para buscar comida para suas famílias. Via mulheres e crianças sendo abusadas por mais e dez homens, enquanto imploravam pela morte. Vi atentados terroristas tão violentos que chegavam a matar ou mutilar dezenas de inocentes. Fiquei dois anos neste lugar, e quando voltei, precisei de ajuda psicológica. Agradecia todos os dias por morar em um lugar tão pacífico e feliz. Tomei meu precioso chimarrão e comi um churrasco com amigos, como a muito sonhava, no meio daquela guerra. E sempre agradeci a Deus por isso.
            Mas e agora, porque Deus não olha por nós? Quando e por que tudo isso começou?
            Uma indústria científica achava que tinha descoberto a cura para o vírus do HIV, e resolveu testá-la na América Latina. Claro. Após darmos todo o nosso apoio, servimos como ratos de laboratório para esses vermes.
            A “cura” teve um efeito devastador: em apenas 1 ano, 40% da população latina havia morrido, 50% tornaram-se terríveis zumbis comedores de carne humana, e os outros 10% são só rebanho para esses monstros. Tentamos sobreviver como nômades, nunca parando muito tempo em um mesmo lugar, porém, a escassez de alimentos já é uma realidade, e as pessoas estão cada vez mais se afastando e isolando, para manterem seus mantimentos por mais tempo.
            Já faz cinco anos desde a “guerra pacificadora”. Achei que tinha me livrado da pior parte do inferno. Ledo engano. Estou no meio do apocalipse.

            Este talvez seja meu último relato aos sobreviventes. Leiam com atenção e nunca percam as esperanças.


 Senhor, como eu queria que isto fosse apenas um sonho...

Nenhum comentário:

Postar um comentário